Poderio do Brasil #01

 

 

 

 

 

 

As margens plácidas do Ipiranga ouviram


o  brado retumbante de um POVO HERÓICO...

 

 

                 


 

 

      CAPÍTULO I - PARTE I      DESTEMIDO NÃO FOGE A LUTA.

Por: Mauricio Ado de Sousa.

 

 

 


 

Uma cobertura em São Conrado.


Marginal segurando uma arma e um controle remoto na mão — Vamô mulherada, quero o segredo do cofre ou detono as bombas nas cinturas de vocês!


A cobertura de São Conrado é invadida, pela janela, entra O Capitão 7.


Marginal espantado — Que você...Como? Toma pipoco otário!!!


            Cinco tiros no Capitão 7 que não chegam a atingir a pele, fica paradas no quase imperceptível campo de força que está bem perto do corpo do herói.


Capitão 7, sorriso sarcástico no rosto — Aí eu vou te arrebentar, larga a arma e vem comigo!


O Marginal nervoso — Tu se tentar algo ô maluco de fantasia eu vou explodir o lugar!


De repente para a surpresa do criminoso o controle remoto é tirado de sua mão por um feixe de luz negra, o marginal aponta a arma, nisso o Capitão 7 lhe dá um empurrão, derrubando-o. Na frente do marginal aparece um home vestido de negro, luvas e botas amarelas.


Marginal — Tão pensando que isso aqui é Gotham City, vão se danar, eu sou da Falange Rubra seus otários!


Capitão Sete — Cala a boca, idiota!


Ele se volta para o homem de negro com anel na mão



Capitão Sete estendendo a mão para cumprimentar — Obrigado pela ajuda Raio Negro!


Raio Negro — Não tem de que, eu tenho que fazer juz ao meu título de maior herói do Brasil!


            Capitão 7 ri — O maior herói do Brasil sou eu! — e continua sorrindo.


Capitão 7 olha ao redor  as mulheres ficam caladas, Capitão 7 e Raio Negro não entendem bem por que as mulheres estão sem dizer nada.


Raio Negro pega o telefone e ao acabar se vira para o Capitão — Vamos levar o cara para Delegacia.


Na Delegacia de São Conrado, os dois vão conversar com o Delegado.


Delegado, meio impaciente diante dos dois heróis — A cobertura é de uma das namoradas de Rico Vieira Rio No cofre vários diamantes, vários dólares. Vamos levantar a origem desses valores!


Raio Negro — Explicado por que as mulheres ficaram caladas!


Capitão 7, olhando as fichas na mesa do delegado — Rico Vieira Rio, o traficante?


Delegado — O novo mega traticante do Rio. Ele está em guerra contra a Falange Rubra. Mandaram o otário lá para dar um recado, algo assim.


            Raio Negro olha para fora da sala do delegado.


Raio Negro — Quer dizer que o cara vai acabar sendo morto na cela!

Delegado — Quando ele aceitou roubar Rico, já tava morto!!!





Favela da Rocinha.


Sete horas da manhã as pessoas começam a sair para o trabalho. Quando do alto da Rocinha, do ponto mais alto de um morro da gigantesca favela, um clarão intenso se faz presente mesmo ao raiar do dia. Os soldados do tráfico atiram para todos os lados nas vielas da favela.


Logo a polícia é acionada, dois helicópteros em rasantes, os policiais no pé do morro atirando, enquanto isso dentro da favela.


Traficante qualquer procurando algo num barraco — Vamos usar os lança morteiros!


Os soldados do tráfico avançam subindo as escadarias da favela, um deles procura pelos fuzis com lança morteiros.


Um segundo Traficante — E o cara que invadiu a boca??? Cadê ele?


No que é respondido por outro Traficante — Se preocupa com a polícia! Pega um lança morteiro e aponta para os helicópteros!


A  imprensa começa a cobrir a guerra sem saber o porque do inicio do conflito.




Nisso num apartamento no Flamengo.

Capitão 7, de roupas comuns olhando a TV —  Problema com perigo, eu gosto, disso!




 De volta a uma parte da Rocinha, onde está havendo o confronto, os traficantes correm.


A guerra dentro da Rocinha é intensa com tiros para todos os lados.


Um Traficante — A gente viu e depois não viu o cara, ele sumiu no ar , levou a grana toda do dia...


A polícia neste momento encara o tiroteio no asfalto atirando lá para o alto há uma hesitação por parte dos traficantes, ele começam a tombar desmaiados...nisto a policia entra pelos corredores estreitos da favela atirando para cima...o tiroteio é total as pessoas gritam, moradores tentam se esconder... ao longe se escuta uma mulher gritando...


Uma moradora de quarenta anos — Acertaram meu filho, meu filho, meu filho....


Outros choros são escutados enquanto a policia sobe em direção ao cruzeiro do morro.


A imprensa vai subindo junto e documenta quatro mães descendo o morro com crianças de 8 a 10 anos nos braços...


Imprensa — Senhora, as crianças...


Moradora em prantos —...mataram...mataram meu filho, moça!


Confusão os traficantes parecem ter se reorganizado, um dos soldados do tráfico balança uma granada no ar, a imprensa registra o momento...logo depois ouvem-se explosões por todo os cantos da comunidade.


A imprensa registra quando Capitão 7 quebra a barreira do som  com sua velocidade num vôo em zigzag. Ele entra na favela e pega da mão do traficante a granada, porém  omarginal aperta um botão e um dos barracos vai pelos ares criando um incêndio na favela,  Capitão 7se dirige para o centro do fogo e tenta impedir a expansão das labaredas utilizando seu campo de força,  nisso ele sente o seu campo encostar em outra coisa...


Capitão 7 — Quem...o que...


Raio Negro— Sou eu, Capitão! Vim ajudar a conter o fogo!


Raio Negro se coloca ao lado do Capitão 7. E logo começa um grupo pequeno de três traficantes começam a atirar contra os dois. Capitão 7 num vôo baixo consegue criar uma explosão sônica que perturba a audição deles. Ele utiliza então sua arma de êxtase, deixando todos os marginais congelados.


            Surge uma loira gigante linda. Velta


Velta — Ora bonitão não sabia que usava uma arma!


            Capitão 7 a olha de cima a baixo.


Velta, com caras e bocas — Querido olha a TV, guerra de tráfico na Rocinha, vamos trabalhar!


Muitas mulheres gritando que perderam tudo, que todas as suas vidas estão queimando junto com seus pertences...Capitão 7 fica desolado olhando a situação que está enfrentando.


Velta sobe as vielas e se defronta com um grupo de traficantes. Ela num ataque rápido eletrifica as armas dos cinco que estavam a sua frente, eles as soltam num choque que sofrem. Quando eles já estão sem as armas partem para brigar contra a Gigante Loira.


Ela derruba cada um utilizando a mão direita que está energizada. O último é aquele que criou o incêndio, ele pega uma das armas do chão, e rapidamente pega de uma das moradoras que estava saindo da sua casa, uma moça de mais ou menos vinte anos...


Moradores do lugar gritam para Velta — ...dona heroína sai, vai embora...ele vai matar a Lucia, ele é ruim...


Velta fica olhando direto no olho dele.


Moradores — A gente conhece ele, a senhora sai e ele larga a garota...


Traficante com raiva — Por que vocês super-não-sei-o-que tiveram que vir aqui se meter com a gente?


Velta — Vocês começaram a guerra... agora larga a menina...


Traficante — Não! Vocês vieram aqui nos roubar, tirar nossa grana, agora vão ver...


Velta —...você está maluco, acabamos de chegar...


Velta vê que o homem está convencido do que está falando. O traficante fica pressionando cada vez mais a arma contra a cabeça da moradora...


Velta, estática — Nós chegamos agora...


Traficante —Não...um de vocês veio aqui pegou nosso dinheiro e desapareceu no ar...


Nisso o traficante se desequilibra e a arma dispara abrindo um buraco na  cabeça da moradora, Velta vê partes do cerébro da moça voarem e grudarem na parede do barraco que ela tinha acabado de sair.


Velta olha sem acreditar, a energia cresce em volta do corpo dela, O homem no chão, está olhando estarrecido para a fúria no olho da gigante loira...


Traficante — ...quem matou ela foi tu...heroína de faz de conta...


Antes mesmo de falar ele pega de outra arma no chão, porém uma rocha cai sobre a cabeça dele... do alto.


Velta supresa — O que?


Velta olha para cima e não vê nada. Velta começa a caminhar sem direção. Ela olha nos rostos dos moradores e não sabe o que dizer, somente se afasta dali.


Os moradores que conheciam a moça se aproximam do corpo dela, e outros olham para o traficante, eles começam a chorar encima da amiga. E olham para os heróis com certa dúvida.


Morador 1 — ...vocês viram? Para eles não somos nada?

Morador 2 — Você viu que a cabeça do negão pareceu que foi puxada para trás antes dele atirar..

Morador 3 —...é puxada por nada...como foi aquele de ROUPA PRATA, lá no alto, fez para jogar a pedra???


Em outra parte da favela, a que está pegando fogo, Capitão 7  tenta controlar o incêndio.


O fogo não parece ceder, até que do alto chega um homem flamejante.


Capitão 7 voando ao lado do ser flamejante — Pode fazer algo, Bola de Fogo?


O homem flamejante usando telepatia: “Gosto de chamas!’


 Capitão 7 — Sério, veio aqui ajudar ou botar mais lenha na fogueira?


Bola de Fogo, virando a cabeça de lado como a olhar curioso, responde por telepatia: “ Posso sim!”


O Bola de Fogo absorve todas as chamas, as labaredas se encaminham para o corpo dele como se guiadas, ele começa a brilhar mais e sob bem alto e as chamas saem do solo indo em sua direção até não restar nenhuma. Ele vai mais alto ainda e lá dispersa uma onda de ar que fica aquecida pelo seu poder...claramente está dispersando a energia acumulada...a onda de ar quente se deslocando esquentado toda a Rocinha.


Lá embaixo a policia já toma conta da situação porém Velta já sumiu.


Ao que desce o Bola de Fogo escuta os policiais conversando com Capitão 7, que está dando satisfações para os policiais.


Primeiro Policial — Temos controle sobre toda a área os helicópteros estão cobrindo a área toda...mas vocês dois vem comigo prestar umas explicações...principalmente sobre o defunto ali.


Um Segundo Policial — Aí herói, os marginais disseram que um de vocês apareceu aqui e levou a grana, por isso esse tumulto todo!


O Bola de Fogo, braços cruzados, responde telepaticamente: “Eu não vou a lugar nenhum não!’


Capitão 7, mas paciente — Vamos sim policial...Ô bola de fogo sem onda agora...


O Bola de Fogo, novamente em telepatia: “Não é minha intenção...e agora, adeus!’

           

O Bola de Fogo começa a levantar vôo quando o Capitão 7 aperta um dispositivo lançando um campo de força sobre o Homem que brilha como Sol.



Capitão 7 fala calmamente — Vamos com a policia, sem problemas, certo?

           

                Policiais apontam suas armas para o alto na direção do homem flamejante.


Um dos Policiais — Ou vai na boa...ou vai preso...


Bola de Fogo (telepaticamente): “Por que tenho que ir, estava ajudando vocês...seus fardados...”


            Raio negro se aproxima da conversa vendo clarament a irritação do Bola de Fogo.


Raio Negro — Vamos todos, tem que ser assim... brigar num bairro, botar ele abaixo e sair voando para dormir em casa tranqüilo é coisa para herói americano, não para gente!




Delegacia uma hora depois.


Entra  por uma porta um trajando terno negro, claramente um advogado, vai cumprimentar o Raio negro, ao lado do advogado está outro homem este com blazer marrom, calça jeans, gravata típica de publicitário. Raio Negro puxa este ultimo, o homem de blazer marrom, para conversar com o Capitão 7 e Bola de Fogo enquanto o advogado vai conversa algo com o delegado.


Raio Negro, apresentando o amigo — Bem este aqui é Renato Fortuna Filho, publicitário amigo meu, e aquele era o advogado que trabalhar para ele!


Renato Fortuna Filho, falando sem que ninguém esboçasse algo — Senhores a imagem de vocês ficou péssima para a imprensa pareceu que vocês que criaram o conflito da Rocinha, meu advogado vai tentar arrumar tudo...


            Bola de Fogo olha para a sala do delegado, e volta-se para os outros 3 ao seu lado.


Bola de Fogo (telepaticamente): Já prestamos esclarecimentos, não temos nada com o que aconteceu lá!


Raio Negro — Só sei que os traficantes e moradores dizem que um super ser apareceu lá e aí começou o conflito, logo depois aparecemos nós....Já Viu, por isso chamei o Renato, ele é ótimo com esse negócio de imprensa, não podemos levar culpa nesta história, estávamos ajudando.


Renato Fortuna —Senhores, viram uma mulher com poderes lá também...a mulher que descrevem parece ser a Velta! Alguém tem como contata-la!


Capitão 7 — Eu bem que queria!


Bola de Fogo (telepaticamente) : ‘Eu sei como acha-la”


Capitão 7 — Sabe?


Renato Fortuna — Bem precisamos de um lugar tranqüilo para conversar...


Raio Negro — Eu tenho um lugar, um velho lugar.




Meia Hora depois.


Apartamento alugado de Kátia, a Velta. Ela está sentada no sofá olhando para a janela e o céu azul quando surge pairando no ar o Bola de Fogo.


Ele olha para o rosto de Katia. Ela claramente passou esse tempo chorando.


Bola de Fogo, usando sua telepatia : “Kátia Maria Farias Lins, um velho amigo seu me disse com o seu padrão energético, eu vim aqui conversar com você...VELTA!”


Velta — Está morto, se veio brigar comigo homem fogaréu...


Bola de Fogo olhos cerrados (telepaticamente): Humanos são limitados, por que insistem em usar apelidos e querer complicar coisas, eu vim a pedido de Raio Negro, Capitão 7 querem conversar com você num local.


Velta — Cara sai daqui...E...como me achou?


Bola de Fogo (telepaticamente) : O alinigena que teu poderes, me forneceu o seu padrão energético!


            Velta faz cara de intrigada, Snirkko, o alienígena, passou um meio ao homem flamejante de como acha-la.


Velta pensa: Por que???


Bola de Fogo olhos arregalados : “Esqueceu que estou falando com você telepáticamente?”


Velta — O que eles querem conversar, O Raio Negro e o Capitão 7?


Bola de Fogo (telepaticamente) Sobre o conflito, acho que não adianta...é de nossa tarefa perder às vezes...não deve...Mas as vezes baixas acontecem entre civis.


Velta, agora nervosa — Vidas!!! São vidas...não tem como acha normal!!! Eles são importantes!!!


Bola de Fogo (telepaticamente) : “Há muito a fazer, Velta! Você quer conversar com eles?”


Bola de Fogo frio como não deveria ser, parado em pé olhando nos olhos da heroína.


Velta — Sempre recomeçar, não é? Continuar a batalha de nossa vida...Vamos lá!


            Ela abaixa a cabeça e se transforma logo está pronta para sair com o Bola de Fogo.


Bola de Fogo (telepaticamente): “ Tenho um veículo escondido nos céus que nós levará ao local marcado.”




Nas TV’s  e Jornais On-line da Web:

“Super Seres  amendontram e causam mais confusão na Rocinha!”




Janeirenseville, super condomínio da Barra, apartamento todo cheio de luxo.


Homem mulato atacarrado, roupas brancas, um grande patuá no pescoço.


Um homem mostra o notebook com as noticias — Rico, eles...


Rico — Eu sei porra, acha que não se ler...Aqueles miseráveis, filhos da puta se meteram com Rico Viera Rio...essas porras de super humanos vão ver agora quem é FODA de verdade...Acabaram com o paiol da Rocinha...E esses merdas me roubaram  ainda por cima... Esses putos vão atrapalhar meus negócios! Colombiano arruma algo para acabar com esses SUPER PUTOS...Pago quanto quiser, Colombiano!!!


            Um Homem no fundo da sala, com cara de indígena, acena positivamente.




O CAIR DO DIA SE APRESENTA PARA TODOS.


E o fim da parte I também chega.